quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

7ª "FUGA POÉTICA" na Confeitaria "Colmeia" em São João da Madeira - Especial Prof. Josias Gil (03.03.2015)


AVISO À NAVEGAÇÃO!

Depois do grande sucesso da 9ª "Fuga Poética" no Neptúlia Bar da terceira terça-feira deste mês, as noites poéticas mensais em São João da Madeira regressam em força na terça-feira da próxima semana, dia 3 de Março, a partir das 21H30 na Confeitaria "Colmeia" em São João da Madeira. 

Esta será uma sessão especial: o "Fugas Poéticas" irá homenagear um grande sanjoanense, um grande homem e um grande ser humano de valor, cultura, civismo e carácter que São João da Madeira deve muito e que partiu (fisicamente) do nosso mundo: o Professor JOSIAS GIL.


Josias Gil (1951-2015)

Nesta sessão, tal como aconteceu na outra, os desafios mantêm-se:
  1. Dizer, pelo menos, um poema da vossa autoria ou de um(a) poeta do vosso coração, de cor e salteado nessa sessão;
  2. Dizer um poema sobre POESIA (Tema escolhido na sessão poética anterior)
NOTA: Estes desafios são FACULTATIVOS! Aqueles que os aceitarem, aceitam de sua livre e espontânea vontade! Quem aceitar o segundo, terá o primeiro quarto de hora para dizer o poema do tema escolhido.

Quem quer participar no desafio?

Venham celebrar a festa da Poesia e soltar os poemas que habitam dentro de vós e no silêncio das gavetas e dos livros!

domingo, 22 de fevereiro de 2015

POEMA "AS ROSAS DO CUME" DE LAURINDO RABELO


"AS ROSAS DO CUME"

No cume daquela serra
eu plantei uma roseira
Quanto mais as rosas brotam
tanto mais o cume cheira

À tarde, quando ao sol posto
O vento no cume beija
Vem travessa borboleta
E as rosas do cume deixa

No tempo das invernias 
Que as plantas do cume lavam
Quanto mais molhadas eram
tanto mais no cume davam

Quando cai a chuva fina
Salpicos no cume caem
Abelhas no cume entram
Lagartos no cume saem

Mas, se as águas vêm correndo
O sujo no cume limpam
Os botões do cume abrem
As rosas do cume brincam

Tenho, com certeza agora
Que no tempo de tal rega
Arbusto mais mimoso
Plantado no cume, pega

E logo que a chuva cessa
Ao cume leva alegria
Pois volta a brilhar depressa
O sol que no cume abria

À hora de anoitecer
Tudo no cume escurece
Pirilampos no cume brilham
Estrelas no cume aparecem

E quando chega o Verão
Tudo no cume seca
O vento o cume limpa
E o cume fica careca

Vem, porém, o sol brilhante
E seca logo em catadupa
O mesmo sol, a terra abrasa
E as águas do cume chupa

As rosas do cume espreitam 
Entre as folhagens d'Além 
Trazidas da fresca brisa
Os cheiros do cume vêm

E quando chega o inverno
A neve no cume cai
O cume fica tapado
E ninguém ao cume vai

No cume da montanha
Tem um olho de água à beira
É uma água tão cheirosa
Que a multidão ansiosa
O olho do cume cheira.

LAURINDO RABELO
Poeta Romântico brasileiro, de origem baiana, do século XIX.


POEMA "FOGO SOBRE FOGO" DE JORGE DE SOUSA BRAGA


"FOGO SOBRE FOGO"

I

O meu mamilo
no teu 
mamilo

Só tu sabes
sorrir
na vertical

Gotas de orvalho
ligeiramente tingidas
de batôn 

Nem todos os frutos vermelhos
merecem o céu
da tua boca

Mais do que uma vez 
atravessei a primavera
com os olhos fechados

A borboleta que poisou
no teu mamilo perdeu
a vontade de voar

Vou ao céu
e venho-me

Não posso amar
mais claro

Escrevo com os dedos 
ainda mais longos 
da carícia

Ainda agora em ti entrei
e já em todos os teus poros
me achei

Não é a rosas nem a violetas
nem a Jasmim o cheiro
que me põe fora de mim

Qual é a minha 
ou a tua 
língua?

Não conheço outra
linguagem que não seja
a do orvalho

Na espessura do bosque
o que a minha mão procurava
era um mirtilo

Basta-me 
o teu umbigo de vinho
para ficar bêbado

Este fogo
que só com fogo
se pode apagar.

JORGE DE SOUSA BRAGA
"A Ferida Acesa"
Assírio & Alvim
2001

ATÉ SEMPRE, PROFESSOR JOSIAS GIL (1951-2015)


HOMENAGEM

Hoje, a noite chegou mais cedo
ao mundo que iluminaste 
com a tua chama violeta
e bebeu dos teus passos
a seiva dos mestres
do silêncio das palavras

De ti, que desafiaste corvos
e muros de lágrimas e gritos.
De ti, que devolveste o fogo
aos homens pelo exemplo.
De ti, que semeaste o céu
no coração dos que te amaram.
De ti, que esperei por um milagre
que nunca chegou a nascer.

Agora, que bateste asas num sopro
tão forte como a tua vida
devolvo a memória de ti ao coração
e guardarei a palavra amigo
no mesmo lugar 
onde guardaste a tua."

Tiago Moita
(21.02.2015)

Até sempre, meu amigo.

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

SOBRE A NONA SESSÃO "FUGAS POÉTICAS" NO NEPTÚLIA BAR EM SÃO JOÃO DA MADEIRA (17.02.2015)


FUGAS "HARDCORE" (1º ESCALÃO)

Nem toda a Poesia vive da tristeza, da dor ou da angústia. Também o humor é considerado um elemento fundamental na arte poética, desde o nascimento da arte das artes. Basta apenas recordar as sábias palavras do (grande mestre) José de Almada Negreiros, quando foi entrevistado no mítico programa "Zip-Zip", com Raul Solnado, Carlos Cruz e Fialho Gouveia, no longínquo ano de 1969, e passo a citar, "foi através do humor que se transitou do XIX para o XX", defendendo a importância do humor como instrumento de ruptura com o pensamento e a linguagem de um passado (cultural) ainda enraizado, mas moribundo, na mente de certas pessoas que pensam, teimosamente -, tal como agora -, que "tudo está feito" e que "não adianta tentar mais nada". Naquela terça-feira, dia 17 de Fevereiro, no Neptúlia Bar, a partir das 21H30, não se atingiu esse patamar revolucionário mas deu para libertar e inebriar as almas mais fatigadas e enregeladas com os estados de humor do tempo e com a espuma dos dias.

Seguindo o espírito de "liberdade livre" - típico das "Fugas Poéticas", mas também da época carnavalesca -, Tiago Moita, um dos fundadores e coordenadores desta iniciativa, a par do escritor e poeta sanjoanense Edmundo Silva, lançou o mote para uma noite destinada a homenagear o humor mais corrosivo e sarcástico que habita no âmago mais oculto da Poesia universal, principalmente da portuguesa. 

O tiro de partida começou com uma "Ferida Aberta" de Jorge de Sousa Braga e a partir daí não parou: conheceu-se a verdadeira "declaração de amor ao primeiro-ministro" de António Pedro Ribeiro; as opiniões profundas e delirantes sobre Fernando Pessoa e os seus heterónimos de Mário Cesariny; chalaceou-se com "As Rosas do Cume" de Laurindo Rabelo; quebrou-se o pranto com odes a estrelas porno de Natália Correia, sarcasmos bíblicos de Adília Lopes; apocalipses de João Habitualmente; "ofícios do mundo" de Rosa Alice Branco; versos dedicados às injustiças de um certo órgão do corpo humano, numa sessão onde ouviram-se poemas de poetas locais, desconhecidos e outras vozes estreantes, assim como se respirou e degustou-se a Poesia de Bocage, Paul Leminsky, José Carlos Ary dos Santos, David Mourão-Ferreira, Augusto Gil, Miguel Torga, Eugénio de Andrade, António Aleixo, José Luís Peixoto, António Maria Lisboa, Sophia de Mello Breyner Andresen, António Ramos Rosa, Manuel Bandeira, Carlos Cavaco, Paulo Condessa, Tagore, Pessoa, Vitorino Nemésio, António Gedeão, Rudyard Kipling, Rui Manuel Grácio das Neves e Manuel António Pina e que terminou com um agradecimento, a duas vozes, muito próprio de João Habitualmente que sublimou as mentes e os corações de todas aquelas almas, devotas ao convívio e à partilha da Arte de dizer Poesia e que foram capazes de trocar o conforto dos lares pelo aconchego de um bar e de um grupo de pessoas, que nada mais fez do que realçar a sua existência através da expressão da mais nobre e autêntica de todas as artes humanas.

Próxima paragem: Confeitaria "Colmeia", primeira terça-feira de Março, 03.03.2015, 21H30.

Tema (facultativo) de Março: POESIA.

Aqui ficam as fotos do evento: 


Parte do público presente na sessão.


Outra panorâmica do resto do público presente na sessão.


Tiago Moita - um dos fundadores e coordenadores das "Fugas 
Poéticas", juntamente com Edmundo Silva - lendo um dos poemas
que disse na 9ª "Fuga Poética" no Neptúlia Bar em São João da Madeira


Isabel Barbosa dizendo um poema da sua autoria


Tavares Ribeiro - Escritor e poeta oliveirense e
editor da CaimaPress - lendo um poema da sua
autoria


O doutor Ângelo Alberto Campelo Sousa
dizendo o poema "Poeta Castrado, Não"
de José Carlos Ary dos Santos


O doutor Magalhães dos Santos lendo um poema
de um poeta anónimo.


M Conceição Gomes lendo o poema "Estamos 
Fritos" de Joel Arsénio Batista


Um estreante - o senhor Altino - lendo o poema
"Equinócio" de David Mourão-Ferreira.


O poeta valecambrense Victor José lendo o poema
"Resignação", da sua autoria.


Rosa Familiar, escritora e poeta feirense, natural
da Arrifana, lendo o poema "Máscara Transparente"
de Fátima Campos.


Manuel Dias declamando "A Balada da Neve" de Augusto Gil.


António Pinheiro lendo o poema "Subi a Serra",
da sua autoria.


Um dos momentos mais hilariantes da noite:
O doutor Magalhães dos Santos lendo o poema
"As rosas do cume" do poeta brasileiro 
do séc.XVIII, natural da Baía, Laurindo Rabelo.


O poeta valecambrense Victor José lendo o poema
"Quebrou-se o silêncio" de Rosa Familiar


Joana Costa lendo o poema "Meteorológica"
de Adília Lopes.


Dinis Silva - locutor do programa "O correr das
Águas" da Rádio Clube da Feira - dizendo a
célebre quadra popular "Mosca sem valor"
de António Aleixo.


Lena França lendo o poema "Devagar" de
José Luís Peixoto.


André de Oliveira lendo o poema
"Apocalipse" de João Habitualmente.


O doutor Luís Quintino dizendo o poema "Porque"
de Sophia de Mello Breyner Andresen.


Isabel Barbosa lendo o poema "Arte Poética"
de António Ramos Rosa.


André de Oliveira lendo o poema "Fim do Dia"
de Tagore.


Manuel Dias dizendo o célebre "Poema a Galileu"
de António Gedeão.


O doutor Ângelo Alberto Campelo Sousa
dizendo o poema "If/Se" de Rudyard Kipling.


Tiago Moita lendo, juntamente com André de Oliveira, o poema
"Agradecemos" de João Habitualmente.


André de Oliveira lendo, juntamente com Tiago Moita, o poema
"Agradecemos" de João Habitualmente.

terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

POEMA INÉDITO DE FILIPA LEAL



Porque buscamos no quotidiano uma estrada onde se repita o amor e a casa de algum Verão. Porque a memória tem sinais de trânsito e às vezes falamos muito e alto quando está vermelho para recordar, e chamamos os amigos e de repente fica amarelo sem sabermos como, e no fim do dia, quando nos deitamos, cai o verde e tudo avança e as recordações são em vez do sono, são em vez da vida, são em vez do verbo. Porque também nós temos montanhas e rios assinalados e também em nós há itinerários principais e secundários e ruas que vão da cabeça aos pés quando a mão desejada nos percorre como carro de brincar. Porque também nós desejamos um novo aeroporto onde pousar a cabeça, ou pelo menos algumas obras no aeroporto onde desajeitadamente procuramos aterrar. Porque mesmo com quatro ou vinte auto-estradas continuamos a ter o caminho para o tanque onde mergulhávamos na infância. Porque andamos todos à procura uns dos outros dentro e fora de quem somos e parece que nos desencontramos, que paramos na estação de serviço errada, a 10 km, sempre a olharmos para o relógio, a 10 km, na direcção uns dos outros, a 10 km mas na estação de serviço errada. Porque o limite do corpo é o desenho do mapa e às vezes apetece rasgar, omitir, estender a fronteira, mas para isso há a guerra, porque imediatamente fora desse limite à outros e outros países invadidos por nós. Porque no fundo desejamos apenas ser conquistados. Porque os países conquistados conseguem mexer no mapa e não ter culpa. Porque os países conquistados se reconstroem depois da guerra e antes do recomeço do amor.

Somos um mapa circular, humano e excessivo.

FILIPA LEAL
2008

POEMA "ALCOOLISMO" DE NATÁLIA CORREIA


"ALCOOLISMO"

Num país de beberrões
em que reina o velho Baco
se nos tiram os canjirões
ficamos feitos num caco.

E querem os deputados
com um ar beatério
que fiquemos desmamados
quais anjos num baptistério.

Se o verde e o tinto são
as cores da nossa bandeira,
ai, lá se via a nação!
Se acabar a bebedeira.

De abstémia não se faça
A lex deste plenário
Que o direito à vinhaça
esse é consuetudinário.

NATÁLIA CORREIA
(1923-1993)

NONA SESSÃO POÉTICA MENSAL "FUGAS POÉTICAS" NO NEPTÚLIA BAR EM SÃO JOÃO DA MADEIRA (17.02.2015)


Depois do grande sucesso do último "FUGAS POÉTICAS" na Confeitaria Colmeia na primeira terça-feira deste mês, as noites poéticas mensais em São João da Madeira regressam em força na próxima semana!

A segunda noite poética de Fevereiro começa já na terça-feira da próxima semana, dia 17 de Fevereiro, a partir das 21H30, no Neptúlia Bar em São João da Madeira.

Nessa sessão, tal como aconteceu na outra, os desafios mantêm-se: 

1. Dizer pelo menos um poema da vossa autoria ou de um(a) poeta do vosso coração, de cor e salteado nessa sessão.

2. Dizer um poema sobre o HUMOR (Tema escolhido na sessão poética anterior).

NOTA: Estes desafios são FACULTATIVOS! Aqueles que os aceitaram, aceitam de sua livre e espontânea vontade. Quem aceitar o segundo, terá o primeiro quarto de hora dessa sessão para dizer o poema do tema escolhido.

Quem quer participar no desafio?

Venha celebrar a festa da Poesia e soltar os poemas que habitam dentro de vós e no silêncio das gavetas e dos livros!

A participação é livre e a entrada é gratuita!

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

SOBRE A SEXTA EDIÇÃO DAS "FUGAS POÉTICAS" NA CONFEITARIA COLMEIA (Terça-Feira, 03.02.2015, 21H30)

UM SOL NO SEIO DO INVERNO

Poderia ser uma noite para esquecer. Folha esborratada pelo crepúsculo da vergonha num livro ignoto; lusco-fusco titubeante de um momento sem eco nem brilho; fiasco de uma peça de teatro adiada pela mão cega do Destino. Poderia ser uma noite assim...mas não foi.

Tinham passado quinze minutos depois da hora habitual quando eu, mais a minha mãe, tínhamos acabado de chegar à Confeitaria Colmeia, naquela terça-feira gélida da primeira terça-feira de Fevereiro. Pela rigidez do Inverno que se fazia sentir pelas ruas e avenidas da cidade, pensava no pior. A fraca afluência inicial e o compasso de espera pela nossa chegada tinha o sabor agreste de um mau augúrio. Mal entrei, senti todas as minhas dúvidas de gesso a desfazerem-se como pequenos montes de folhas de Outono, levadas por um língua de vento faminta.

Como flores se espreguiçando e revelando a sua beleza ao céu, adivinhando por instinto a chegada da Primavera, a minha entrada naquele estabelecimento coincidiu com a chegada de mais pessoas e com a descoberta de caras novas, muitas delas trazidas por fregueses habituais das "Fugas Poéticas", o que me deixou muito satisfeito. O que parecia uma confeitaria transformou-se num daqueles cafés do princípio do século passado, fervilhando de intelectuais, escritores, poetas,artistas ou simples amantes da Cultura, das Letras e das Artes, ansiosos pelo começo de mais uma tertúlia noctívaga de homenagem à arte de todas as artes: a Poesia.

O toque do sino de um dos fundadores das "Fugas Poéticas" e coordenador daquela noite poética, Tiago Moita colocou em sentido todo aquele silêncio ensurdecedor e inaugurou a sexta edição das "Fugas Poéticas" na Confeitaria "Colmeia" - a primeira sessão sem a designação "Um Café com...Poesia" - com um poema que Natália Correia escreveu durante um debate na Assembleia da República sobre o Alcoolismo, para assim responder ao desafio (facultativo) de iniciar o primeiro quarto de hora com poemas acerca do tema do mês - o humor - e o resultado não se fez por esperar...

Um a um, os poemas ganhavam vida e saltavam dos livros e das folhas ou simplesmente do coração da alma para a boca de todos aqueles que quiseram participar e soltar a Poesia dos véus do Olvido e do silêncio das gavetas e das prateleiras poeirentas de estantes mudas das casas ou das bibliotecas. Desde a poesia sarcástica e satírica de Jorge de Sousa Braga e de João Habitualmente, o humor libertino de Bocage, passando pelo humor poético de Anthero Monteiro, Mário Henrique Leiria, Fábio Brasa, Alexandre O'Neill , Mário de Cesariny e de alguns poetas locais, ninguém ficou indiferente e substituiu muitas das habituais salvas de palmas por salvas de gargalhadas. Mas nem só de humor poético foi feitas essa noite...

Tal como uma corrente que arrasta toda a espécie de natureza, a Poesia circulou e libertou-se por entre todas aquelas pessoas que não pensavam intervir naquela noite. Fosse sentado ou em pé, de um livro, tablet, telemóvel ou mesmo de uma folha, bebeu-se a Poesia de João de Deus, Manuel Bandeira, Filipa Leal, Fernando Pessoa, Pablo Neruda, Maria Gabriela Llansol, Ana Luísa Amaral, Suzamna Guimarães, Orlando Ribeiro, António Gedeão, João Luís Barreto Guimarães, Maria do Rosário Pedreira, Tiago Moita, Novalis, Mia Couto, Edmundo Silva, Khalil Gibran, Pedro Abrunhosa, Nuno Júdice, Miguel Torga e Fausto Guedes Teixeira, passando por poemas de (novos) poetas desconhecidos e de uma interpretação fabulosa do poema "As minhas Asas" de Almeida Garrett por parte do professor Josias Gil - um das maiores personalidades sanjoanenses e um dos maiores vultos da Cultura em São João da Madeira que comoveu, encheu de orgulho, respeito e gratidão uma planteia emocionada que não resistiu a ovacionar de pé a sua prestação, fazendo, naquela noite, aquela confeitaria, não uma lua oculta num ventre de neve mas antes um sol no seio do Inverno.

PRÓXIMA PARAGEM: Neptúlia Bar, dia 17 do corrente mês às 21H30!

O tema (facultativo) mantêm-se: HUMOR.

Preparem-se para mais surpresas!...

Aqui ficam alguma fotos do evento.       


Tiago Moita lendo o poema sobre o Alcoolismo
de Natália Correia.

(Foto de Raquel Gomes de Pinho)


Amílcar Bastos lendo o poema "Bunda ou Peito"
de Fábio Brasa


O doutor Magalhães dos Santos lendo o poema
"A queda" da sua autoria.


Clara Oliveira lendo o poema "Dentro" de Anthero 
Monteiro


Susana Moura lendo um poema da sua autoria


David Morais Cardoso lendo o poema "Gomes de Sá"
de João Habitualmente.


M Conceição Gomes lendo um poema de Pedro
Branco de Almeirim


Um aspecto do público presente na sessão.


Isabel Barbosa dizendo um poema de Nuno Tolentino


Raquel Gomes de Pinho dizendo um poema
de Bocage.


Idiema Salgueiro dizendo um poema


O Dr. Francisco Costa dizendo um poema do
poeta brasileiro Manuel Bandeira


Manuel Dias dizendo um poema de Miguel Torga


Vânia Soares dizendo o poema "Língua Mar"
do poeta brasileiro Adriano Espínola


Manuel Dias - um poeta estreante nas "Fugas
Poéticas" - lendo o poema "Não me conheço"
da sua autoria.


Rosa Familiar lendo um poema de Joel Lira


Um estreante dizendo um poema da sua autoria.


Parte do público presente na sessão a assistir à leitura de um poema
(estiveram naquela noite perto de QUARENTA PESSOAS)


Joana Costa lendo o poema "Quotidiano" de
Filipa Leal (Extraído da colectânea poética
"Diga Trinta e Três" dos Cadernos do Campo
Alegre, 2008)


O Dr. Flores Santos Leite lendo um poema 
de Fernando Pessoa.


Carlos Pinho lendo o poema "Se me esquecerei"
de Pablo Neruda.


O doutor Luís Quintino lendo o poema 
"Onde vais Drama-Poesia?" de Maria Gabriela
Llansol (também leu Novalis)


O Professor Josias Gil entre os presentes.


David Morais Cardoso e Clara Oliveira 
lendo um poema de Ana Luísa Amaral


Edmundo Silva - um dos fundadores e coordenadores
das "Fugas Poéticas" - lendo o poema "Uma Questão
a não pensar" de Suzamna Guimarães.


Raquel Gomes de Pinho e Jorge Martins lendo um
poema em conjunto.


Parte do público presente na sessão


O doutor Ângelo Campelo dizendo o célebre
"Poema a Galileu" de António Gedeão.


Idiema Salgueiro lendo um poema de Maria do
Rosário Pedreira


Joana Painço lendo o poema "Elegia de um Adeus"
do livro "Post Mortem e Outros Uivos" 
(WorldArtFriends/Corpos Editora, 2012)
de Tiago Moita.


M Conceição Gomes lendo o poema "Ser Poeta"
de Florbela Espanca.


Joana Costa e Clara Oliveira lendo, em conjunto,
o poema "QUEDA DO GOVERNO" de
João Habitualmente.


Edmundo Silva lendo o poema "O Nómada" do seu
primeiro livro de poesia "Epifania ao Sol"
(WorldArtFriends/Corpos Editora, 2012)
em homenagem ao Prof. Josias Gil.


O Professor Josias Gil a assistir à homenagem.


O Professor Josias Gil lendo o poema "As minhas
Asas" de Almeida Garrett


Um dos sócios da Confeitaria Colmeia dizendo
uma quadra da sua autoria