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"O arfar dos desejos e o roçar dos corpos nus, contra os arbustos e as árvores, alimentavam o fogo invisível que os dois amantes sentiam um pelo outro. A distância da residência do aristocrata e o estalar dos foguetes faziam daquele pedaço de natureza o local perfeito para a consumação da paixão que nutriam, desde o primeiro dia em que se tinham conhecido. Apenas a lua desnudava as curvas e a natureza dos sexos de cada um. Encostada a uma árvore cercada de moitas, Magdala ardia toda ela de desejo. O corpo transpirado da antiga prostituta excitava ainda mais Samuel, impaciente por despir as roupas dele. O primeiro gemido fizera-se sentir, quando Samuel segurou Magdala pelo colo, com os braços e as esculturais pernas, cruzando e apertando-lhe o corpo ao seu corpo ressumado.
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Tiago Moita
"O Evangelho do Alquimista"
Colecção "Viagens na Ficção"
Chiado Editora
2016
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