domingo, 25 de abril de 2021

SABEDORIA PURA (Dante Alighieri)

 


"A vontade, se não quer, não cede
é como a chama ardente,
que se eleva com mais força
quanto mais se tenta abafá-la."

Dante Alighieri.


sábado, 24 de abril de 2021

TESTEMUNHO DE UMA EX-ALUNA DE UM DOS MEUS WORKSHOPS DE ESCRITA CRIATIVA: FLORBELA FIDALGO


"Tiago V. Moita consegue envolver entusiasticamente os formandos no mundo da escrita, com exercícios práticos que estimulam o "músculo criativo." Sentimos que a nossa imaginação navega por vários mundos que a nós próprios nos surpreendem! Motivos que justificam a minha veemente recomendação. Grata ao Tiago V. Moita por esta excelente oportunidade de aprendizagem criativa.”

Florbela Fidalgo

Autora e Funcionária Municipal.

quinta-feira, 22 de abril de 2021

TIAGO MOITA - QUINZE ANOS DE VIDA LITERÁRIA (2006-2021)

 

  

TIAGO MOITA - QUINZE ANOS DE VIDA LITERÁRIA (2006-2021)

Quinze anos separam estas palavras bem como estas obras que publiquei. O que hoje comemoro é a efeméride de uma resistência romântica e de uma loucura lúcida de um homem que descobriu o seu verdadeiro caminho pela palavra aos vinte e oito anos e sonhou escrever poemas, textos e livros sem tempo nem geografia. Obras que entretecem, comovessem, remoessem as entranhas dos leitores e transformassem o silêncio que ele narrasse num grito de tal ordem ensurdecedor que o mundo não tivesse outro remédio senão começar a escutá-lo.

Não me fiz escritor da noite para o dia, do mesmo modo que nunca sonhei ser um poeta; tornei-me, por força de uma sede invisível por decifrar o absoluto, dar voz ao silêncio, dar alma e corpo ao indizível sem nunca resignar-me à solidão, como uma vez disse François Maurice.

Se hoje escrevo melhor do escrevia há quinze anos, é porque aprendi que, como Samuel Johnson uma vez disse, “é a escrever mal que se aprende a escrever bem”. Não fiz o mesmo percurso que muitos escritores e poetas mais famosos e experientes do que eu. Quando comecei o percurso nas letras não tinha lido todos os clássicos nem tive um familiar, um (a) amigo (a), autor (a) ou um (a) professor (a) que me indicasse o caminho das letras, ou então, apenas despertasse o inebriante prazer da leitura e da escrita. Nunca fiz parte de círculos fechados e eruditos da comunidade intelectual e literária portuguesa, fosse através de uma cunha numa reputada editora, da atribuição de um prémio literário de grande importância ou pela mão de uma figura importante do mundo da cultura contemporânea portuguesa. Não, não fiz esse percurso. Apresentei-me como um general sem medalhas para um campo de batalha que não sabia se ia vencer ou ser vencido, um narrador de silêncios sem curriculum vitae para vencer no árduo mundo das letras, um “vagabundo de palavras e sonhos mendigando estrelas no silêncio dos cantos mais obscuros da dor” ainda ignorado pela indiferença da imprensa especializada e pelos meus pares. 

O meu percurso foi sempre feito com pulso de ferro, determinação de aço, asas abertas nos olhos, golpes de asa na ponta dos dedos, sangue, lágrimas, prazer e dor em cada palavra timbrada, cada experiência sofrida pelo sal e o fogo de cada instante. Quinze anos em que percorri Portugal de norte a sul, apresentei sete dos meus oito livros e falei para plateias interessadas ou indiferentes, palcos repletos ou quase vazios e onde, no meio da indiferença da maior parte da crítica e da comunicação social, obtive grandes conquistas e pequenas vitórias.

Contra tudo e contra todos, consegui ter tempo, vontade e plena liberdade criativa para escrever e ver publicados oito livros (três livros de poesia, três romances, um livro de contos e um de prosa poética), vi os meus dois primeiros romances a chegar à 2ª edição ainda em vida, vi as minhas seis últimas obras a serem distribuídas (online) por mais de uma dúzia de países estrageiros na Europa, na América e na Ásia, somar elogios e comentários de grandes escritores e poetas contemporâneos portugueses, vi as minhas seis últimas obras a serem elogiadas e criticadas por bookbloggers conhecidos, fiz sete digressões nacionais de apresentação e promoção das minhas obras literárias, dei autógrafos nas Feiras do Livro de Lisboa e do Porto, fui jurado num dos concursos do Plano Nacional de Leitura e o meu primeiro livro de poesia e o meu romance de estreia a fazerem parte do acervo bibliográfico das Universidades de Glasgow na Escócia e de Princeton nos Estados Unidos da América.

Fiz, tal como uma vez disse Ernest Hemingway, de cada livro escrito pela minha mão um novo começo, como se todos eles fossem as minhas primeiras obras e tentasse algo que estivesse ao seu alcance, a ponto de sentir que estivesse perto de ler “meia biblioteca”, como uma vez disse Samuel Johnson. Escrevi oito obras, conheci pessoas fantásticas, passei experiências incríveis e visitei lugares que nunca teria conhecido se não fosse a escrita.

Quinze anos separam-me destas palavras mas não comprometem o meu futuro. Orgulho-me de tudo o que passei, senti, aprendi e vivi enquanto escritor. Mais do que viver graças às minhas obras, vivi o processo da sua concepção e se ainda me vêem como um jovem, comprometido até ao fundo da alma com a palavra, a ponto de fazer da escrita não só a minha vocação como a minha eterna amante, já sabem de quem é a culpa.

Aos meus leitores e todos aqueles que sempre me amaram, amam e continuaram a amar e a acreditar em mim, muito obrigado.

Tiago Moita. 
22.04.2021    

#TiagoMoita #tiagomoitaquinzeanosdevidaliteraria #efemeridesliterarias #livros #cultura #literaturaportuguesa #literatura 

quarta-feira, 21 de abril de 2021

TESTEMUNHO DE UMA EX-ALUNA DE UM DOS MEUS WORKSHOPS: MARGARIDA LOPES (21.04.2021)

 

TESTEMUNHO DE UMA EX-ALUNA DE UM DOS MEUS WORKSHOPS

"O workshop "Os cinco degraus da criatividade" revelou-se uma surpresa, uma descoberta de como se pode desenvolver a criatividade, degrau a degrau, e de como a escrita se enriquece, tornando-se um exercício estimulante e divertido.

Aprendi a criar uma estória que se desenvolve ganhando ritmo, emoção. O crescimento dos personagens, o enredo, apoiam-se em métodos e técnicas que ligam ideias aparentemente desconexas e que as palavras unem, como elos, levando-nos numa corrente de suspense e emoções, que nos prende até ao momento final, em que nos sentimos reféns dos nossos personagens e aprisionados na nossa própria estória. Desejamos mais um capítulo. Continuamos a escrever.

Grata Tiago pelos ensinamentos, pela atenção dedicada a cada um de nós que participou no teu workshop  e pelo precioso incentivo para continuar o burilar da escrita que nos identifica, nos liberta e apaixona.

Margarida Lopes 

Coach, formadora e analista comportamental

sábado, 17 de abril de 2021

TESTEMUNHO DE UM DOS MEUS ALUNOS DE UM DOS MEUS CURSOS: EDMUNDO SILVA (17.04.2021)

 


TESTEMUNHO DE UM EX-ALUNO DE UM DOS MEUS CURSOS.


"Falar de Tiago Moita e dos seus métodos de introdução e mesmo de navegação criativa, é-me natural e, confesso, pródigo. O seu maior prodígio é a intuição usada para criar um novo ritmo metódico, como se fôssemos levados por uma corrente, um mergulho inimaginável de novos universos de imaginação, própria de quem procura renovados horizontes da escrita e de todos os seus mistérios. 
O ritmo é, sumamente, aproveitado por Tiago Moita para nos fazer embrenhar no mais desconhecido de nós mesmos, como se fôssemos heróis desta nossa imensa aventura na semiótica criativa dos novos sentidos. 

Para quem precise explorar os seus baús mais intensos, descobrir a estrada para o seu próprio afrontamento criativo e encontrar o seu próprio universo linguístico, não precisa de percorrer milhas infinitas de dúvidas ou desapontamentos, consegue-o simplesmente, deixando-se levar por este orientador original que faz fluir as valências individuais de cada um numa sinfonia colectiva de singulares métodos de exploração literária, fundindo-se com a simples aprendizagem de técnicas eficazes e de fácil memorização. 

Deixem-se fluir neste mundo de Escrita Criativa e serão recompensados com uma satisfação nunca antes sentida."


EDMUNDO SILVA
Terapeuta, Escritor e Poeta

quarta-feira, 14 de abril de 2021

ALUNO DE TIAGO MOITA VENCE PRÉMIO LITERÁRIO. (14.04.2021)

 

PARABÉNS RÚBEN!


Um dos vencedores do concurso "Poesia na Corda" do festival literário de São João da Madeira deste ano "Poesia à Mesa", foi Rúben Lôpo, um jovem promissor nas lides poéticas que foi meu aluno num dos meus workshops (online) de Escrita Criativa que dei no ano passado - igualzinho ao workshop online e 100% gratuito "Os 4 degraus da Criatividade" que vou realizar para a semana entre os dias 19 e 22 de Abril, às 21H30, numa plataforma Zoom.

Parabéns, Rúben! Estou muito orgulhoso de ti! 

Que venham mais prémios como esse (ou ainda melhores)!

Tiago Moita.

terça-feira, 13 de abril de 2021

FALHAS NA COMUNICAÇÃO (Tiago Moita)


FALHAS NA COMUNICAÇÃO


Um amigo meu trabalhou durante cinco anos enquanto freelancer de Marketing de Conteúdos para empresas. Há dois anos, uma importante empresa do ramo do comércio e da distribuição prescindiu dos seus serviços, por causa de um artigo que ele publicou no site dessa mesma empresa cheio de erros ortográficos e completamente descontextualizado dos produtos e da missão da empresa em questão. Espantado e intrigado com o que ele fizera, perguntei-lhe por que motivo ele publicara esse artigo, uma vez que era perito em Marketing de Conteúdos. Ele, muito envergonhado, disse-me que tinha-se “inspirado” em vários tópicos que encontrou em diversas páginas da internet, relativas ao ramo da empresa que o despachara e ao assunto desse artigo, e que não tivera muito tempo para escrever um artigo mais criativo e inovador porque não tinha queda para a escrita e não se sentia “suficiente bom”.

Quando ele me disse que não se sentia “suficiente bom” confessar a principal causa pela qual muitos de nós cometemos falhas na nossa comunicação com os outros. Não somos suficientemente bons. 

E porquê? 

1- Porque damos demasiada importância à inspiração e menos ao trabalho e dedicação à linguagem, esquecendo-se que por uma palavra dás uma nova vida ou dás cabo de um texto, um poema, um livro ou um post ou conversa que estejas a ter numa qualquer rede social com uma pessoa ou empresa; 

2- Porque centramo-nos muito naquilo que é vulgar e geral para a maioria das pessoas ao invés daquilo que é especial e diferente, que é essencial salientar em qualquer tipo de comunicação; 

3- Porque pensamos que a criatividade é uma coisa que só aparece e pertence a poucos e que o simples acto de “escrever muito” é o suficiente para fazer com a criatividade apareça dentro de nós “por magia”;

4- Porque julgamos que sabemos mais do que os outros e não estamos dispostos a aprender mais nada tampouco a retirar alguma experiência ou lição dos nossos erros; 

5- Porque damos mais atenção à forma e à imagem do que ao conteúdo.

Tudo isto é real tanto para um freelancer de Marketing de Conteúdos como para um autor. Mas muito disso pode ser resolvido através da fórmula que utilizo desde o início do meu percurso literário. Graças a ela não só consegui desbloquear, por completo, a minha criatividade, libertar a minha imaginação, ganhar mais autoconfiança, segurança, tranquilidade, motivação e talento mas também enriqueci o meu vocabulário e a articular melhor as palavras, não só na comunicação oral como também na escrita, provando a todo o mundo que a melhor comunicação é aquela que vem dentro de nós. 

Tiago Moita. 
Abril de 2021

domingo, 11 de abril de 2021

SABEDORIA PURA (Honoré de Balzac)


"A dor enobrece as pessoas mais vulgares, porque ela tem a sua grandeza, e, para receber o seu brilho, basta ser verdadeira."

Honoré de Balzac.

Escritor

(1799-1850)

quarta-feira, 7 de abril de 2021

UMA JANGADA PARA NO MEIO DE UM OCEANO (Tiago Moita)


UMA JANGADA PARADA NO MEIO DE UM OCEANO.

Quantas vezes ficaste a olhar para uma folha em branco ou para o ecrã do teu computador ou smartphone à espera de uma palavra, uma ideia, um rasgo de génio capaz de desenvolver um poema ou um texto de um romance, um conto ou simplesmente um conteúdo para criar ou actualizar um site ou blog de um cliente teu muito importante?

Para quem já está habituado a fazer da escrita o seu ofício, a página em branco – seja ela física ou virtual – é um desafio emocionante e tentador. Para dar asas à imaginação e soltar as rédeas à criatividade que fervilha e pulsa dentro de cada um de nós. Para quem não está, a simples revelação da nudez branca de uma página ou o silêncio de um documento de texto aberto podem representar um medo tão poderoso e angústia como o medo de um náufrago numa jangada parada e perdida no meio de um oceano.

Momentos de estagnação, como estes que acabei de mencionar no parágrafo anterior, estão sempre a acontecer e os autores mais experientes não estão isentos de serem apanhados por eles. Isto faz-me lembrar uma estória de um menino que uma vez encontrei a chorar porque tinha perdido as chaves de casa. “Senhor! Senhor!”, disse ele para mim. “Por acaso não encontrou no chão um molhe de chaves? Perdi as chaves da casa onde moro e preciso de encontrá-las. Os meus pais foram trabalhar para longe da cidade e só regressam à hora do jantar. Ainda por cima deixei o meu telemóvel em casa para carregar a bateria.”

Sabem o que eu lhe disse? “Põe-te do lado das chaves que andas à procura e pensa que elas estão a jogar às escondidas contigo. Se fosses o molhe de chaves que andas à procura onde é que te escondias?”

O menino estranhou o meu pedido mas assentiu e começou a pensar como se fosse o objecto que andava à procura. Sabem o que aconteceu? Ele começou a rever o trajecto que fez da mercearia onde foi fazer uma compra para a sua mãe até ao lugar onde nos encontrámos e acabou por encontrar o molhe de chaves que andava, desesperado, à procura, a poucos metros do lugar onde estávamos.

Quando escolhemos criar qualquer coisa de acordo com o nosso ponto de vista corremos o risco de isolarmos a mais remota ideia, a mais singela hipótese ou até mesmo a mais pequena pista para desenvolvermos algo potencialmente criativo, tudo por causa de estarmos sempre a pensar do nosso ponto de vista, mas, se nos abandonarmos por uns momentos e começarmos a ver aquilo que andamos à procura do ponto de vista de objecto de toda a nossa atenção, podemos, sem querer, encontrar o tal golpe de asa, a tal palavra, a tal ideia de génio que precisamos para ultrapassar o estado de estagnação em que nos encontramos e passarmos a ser um oceano de oportunidades e de criatividade em vez de uma jangada vazia e parada num oceano.”

TIAGO MOITA

segunda-feira, 5 de abril de 2021

O ICEBERG QUE NÃO SE VÊ (Tiago Moita)

 


O ICEBERG QUE NINGUÉM VÊ.

Quem vê esta fotografia tirada pelo meu pai em 2006, quando vi publicado e apresentei o meu primeiro livro "Ecos Mudos" com 31 anos, deve pensar que descobri o meu caminho muito cedo e que já sonhava em ser um brilhante, talentoso e criativo escritor. Certo?

Errado!

Por detrás desta imagem escondia-se um Tiago Moita tímido, desconfiado e cheio de bloqueios criativos e com bastantes problemas de comunicação. 

Hoje, quem me vê a dar autógrafos numa sessão de apresentação ou numa feira do livro, não imagina os tempos em que trabalhava por conta de outrem e tinha dificuldade em conciliar tempo para me dedicar à escrita e ser mais criativo na minha vida e no meu trabalho, sem perder a minha relação com a minha família e @s meus (minhas) amig@s e o meu prazer de ler e escrever o que me apetecesse. 

Não imagina o cansaço, os momentos de frustração e de desânimo em que ficava horas a olhar para uma folha de papel em branco ou para um ecrã de um computador, à espera que alguma "inspiração divina" descesse sobre a minha cabeça e me ajudasse a libertar mais a minha imaginação e a desbloquear a minha criatividade. Por detrás desta imagem, ninguém imagina o que eu passei.

E, sobretudo, ninguém imagina os momentos em que eu estive quase para desistir dos meus sonhos porque tinha dificuldades em comunicar com as pessoas, apresentar as minhas ideias, os meus sonhos e projectos, cursos e workshops e, claro, os poemas e histórias que mais gostava e desejava partilhar com o mundo sob a forma de livros. Fosse por falta de experiência, fosse por não ter encontrado o meu verdadeiro estilo, fosse pelos comentários de certas pessoas que achavam que não era suficientemente talentoso, criativo, inteligente, erudito e culto por ter descoberto o meu caminho de me tornar num criativo e escritor de sucesso com apenas...28 anos! (que, para muitos, era considerada uma idade demasiado avançada para começar um sonho, como o de ser um poeta ou um escritor criativo de muito sucesso, por exemplo).

É muito fácil julgarmos os outros por aquilo que está à superfície ou à distância dos nossos olhos tal como esta imagem que não conta, por completo, a verdadeira história por detrás do meu percurso profissional e pessoal ou a ponta de um iceberg, que nunca revela o seu real tamanho que existe debaixo de água. Por vezes precisamos de olhar para os dois lados de uma história para termos o quadro completo do(s) assunto(s) que ela aborda em vez de fazermos julgamentos precipitados acerca das pessoas que conhecemos através de rumores ou de boatos e não por aquilo que elas verdadeiramente são.

Tiago Moita. 


#TiagoMoita #Oicebergqueningueve