Segundo Tiago Moita, o seu mais recente livro "Post Mortem e Outros Uivos" (WorldArtFriends/Corpos Editora, 2012) não é um livro "mas sim um grito". O autor, no seu mais recente poemário, pretende abordar, não só a revolta das gerações que cresceram e nasceram depois da Revolução do 25 de Abril de 1974, como também o tema da revolução enquanto processo de transformação da sociedade a partir do indivíduo, mais propriamente "uma superação existencial do indivíduo através do poder do seu próprio pensamento onde a palavra serve de ponte para o ligar à sua verdadeira essência. O ponto onde começa a revolução é onde a superação choca com valores e dogmas de uma civilização aprisionada a um presente sem qualquer sentido". Daí, no entender do poeta, a sua obra acaba por ser uma espécie de "Voz estridente de uma revolta surda contra um presente sem passado e sem futuro. Ferida aberta
por um silêncio anónimo que perdeu a vergonha de sair à rua e mostrar a sua nudez ao mundo. Alfa e Ómega de dois ciclos. Morte e renascimento do Tempo e do Homem através da palavra."
O livro de Tiago Moita é composto por 12 poemas e vai ser apresentado dentro de duas semanas na Biblioteca Municipal de São João da Madeira, dia 22 de Novembro, quinta-feira às 21H30 e contará com a apresentação inicial da professora Cristina Marques e do autor, bem como outras surpresas.
"Pertenço à prole que Abril pariu
do ventre dos cravos que bridou ao vento
e vi nos seus olhos, despidos de luz
seres letárgicos...
famintos...
nus"
(...)
"Post Mortem" de Tiago Moita
"Post Mortem e Outros Uivos"
WorldArtfriends/Corpos Editora
2012
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