TIAGO MOITA: DEZ ANOS DE VIDA LITERÁRIA (2006-2016)
Não pedi esta vida nem sequer sonhei nela. Nem na minha inocente infância, quando comecei a desenhar as primeiras letras e a ler os primeiros conceitos no meu dicionário Lello Escolar, tinha noção que a metade maior da minha vida estaria na ponta de uma caneta - ou de um lápis -, a esculpir o silêncio de uma página em branco. Mas foi naquele sábado de primavera, dia 22 de Abril de 2006, pelas 16H00, quando apresentei ao mundo o meu primeiro livro "Ecos Mudos" na Fnac do GaiaShopping, que assumi um caminho que, confesso, não estava preparado para caminhar. Entrei como um verdadeiro virgem no mundo da literatura, um cordeiro sacrificado num baptismo de fogo descrevendo as visões do mundo nas entranhas dos seus silêncios. Rejubilei com pequenas vitórias, mas sofri com a indiferença de algumas pessoas que achavam que eu era demasiado velho para entrar no mundo das letras, demasiado ignorante para ser classificado escritor, demasiado "inculto" para ser apontado como poeta.
Cada silêncio ou palavra afiada de sarcasmo foi uma cruz que carreguei aos ombros durante esta primeira década de vida ao serviço da única razão que me levou a continuar, a suportar a amargura das ilusões e o peso da inexperiência, a viver para além das fraudes das pessoas e instituições que me enganaram, das ilusões e tristezas por que passei, das ausências que amaldiçoei desnecessariamente, da saudade amarga da despedida do meu pai, do desemprego e da precariedade laboral que passei para enganar o infortúnio e o azar. E tudo por ti, escrita; razão de ser do meu percurso e da minha gratidão por ter chegado hoje, 22 de Abril de 2016, à minha primeira década ao teu serviço.
TIAGO MOITA
22.04.2016
Não pedi esta vida nem sequer sonhei nela. Nem na minha inocente infância, quando comecei a desenhar as primeiras letras e a ler os primeiros conceitos no meu dicionário Lello Escolar, tinha noção que a metade maior da minha vida estaria na ponta de uma caneta - ou de um lápis -, a esculpir o silêncio de uma página em branco. Mas foi naquele sábado de primavera, dia 22 de Abril de 2006, pelas 16H00, quando apresentei ao mundo o meu primeiro livro "Ecos Mudos" na Fnac do GaiaShopping, que assumi um caminho que, confesso, não estava preparado para caminhar. Entrei como um verdadeiro virgem no mundo da literatura, um cordeiro sacrificado num baptismo de fogo descrevendo as visões do mundo nas entranhas dos seus silêncios. Rejubilei com pequenas vitórias, mas sofri com a indiferença de algumas pessoas que achavam que eu era demasiado velho para entrar no mundo das letras, demasiado ignorante para ser classificado escritor, demasiado "inculto" para ser apontado como poeta.
Cada silêncio ou palavra afiada de sarcasmo foi uma cruz que carreguei aos ombros durante esta primeira década de vida ao serviço da única razão que me levou a continuar, a suportar a amargura das ilusões e o peso da inexperiência, a viver para além das fraudes das pessoas e instituições que me enganaram, das ilusões e tristezas por que passei, das ausências que amaldiçoei desnecessariamente, da saudade amarga da despedida do meu pai, do desemprego e da precariedade laboral que passei para enganar o infortúnio e o azar. E tudo por ti, escrita; razão de ser do meu percurso e da minha gratidão por ter chegado hoje, 22 de Abril de 2016, à minha primeira década ao teu serviço.
TIAGO MOITA
22.04.2016
Tiago Moita com o seu primeiro livro "Ecos Mudos"
(Papiro Editora, 2006)
Tiago Moita com o seu segundo livro "O Último Império"
(Chiado Editora, Abril de 2012)
Tiago Moita com o seu terceiro livro "Post Mortem e Outros Uivos"
(WorldArtFriends, Abril de 2012)
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