Conheci pessoalmente Maria Teresa Horta no Festival Correntes D'Escritas 2014, quando ela foi entrevistada pela minha amiga poeta Filipa Leal. Não estive a olhar para uma mulher de 75 anos, mas para uma mulher extraordinária e lúcida do seu ofício em prol da palavra, do nosso tempo e do nosso mundo como ninguém. Sua poesia não é o reflexo de um tempo, mas de uma luta pelos direitos da mulher, pela liberdade, pela igualdade e pela justiça que, cada vez mais, faz sentido hoje, como fez sentido durante o tempo do Estado Novo, quando ela, mais a Isabel Barreno e a Maria Velho da Costa escreveram e publicaram o livro "Novas Cartas Portuguesas" em 1972.
Partiste hoje aos 87 anos, mas a tua poesia ficará para sempre como a serigrafia de um legado gravada na pedra dos tempos. Para sempre, Maria Teresa Horta (1937-2025).
Tiago Moita.
MORRER DE AMOR
Morrer de amor
ao pé da tua boca
Desfalecer
à pele
do sorriso
Sufucar
de prazer
com o teu corpo
Trocar tudo por ti
se for preciso.
Maria Teresa Horta
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