terça-feira, 4 de fevereiro de 2025

PARA SEMPRE, MARIA TERESA HORTA (1937-2025)

 


Conheci pessoalmente Maria Teresa Horta no Festival Correntes D'Escritas 2014, quando ela foi entrevistada pela minha amiga poeta Filipa Leal. Não estive a olhar para uma mulher de 75 anos, mas para uma mulher extraordinária e lúcida do seu ofício em prol da palavra, do nosso tempo e do nosso mundo como ninguém. Sua poesia não é o reflexo de um tempo, mas de uma luta pelos direitos da mulher, pela liberdade, pela igualdade e pela justiça que, cada vez mais, faz sentido hoje, como fez sentido durante o tempo do Estado Novo, quando ela, mais a Isabel Barreno e a Maria Velho da Costa escreveram e publicaram o livro "Novas Cartas Portuguesas" em 1972. 

Partiste hoje aos 87 anos, mas a tua poesia ficará para sempre como a serigrafia de um legado gravada na pedra dos tempos. Para sempre, Maria Teresa Horta (1937-2025).

Tiago Moita. 

MORRER DE AMOR 

Morrer de amor 
ao pé da tua boca

Desfalecer
à pele 
do sorriso  

Sufucar 
de prazer 
com o teu corpo 

Trocar tudo por ti 
se for preciso. 

Maria Teresa Horta 

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