O horizonte, lâmina do céu
Espelha um rosto em movimento
A miragem muda
O céu, camaleão boreal
Assiste sem língua à morte do sol
A menstruação da tarde
O sol, seio de luz
Despede-se do mundo que o respira
Sem lágrimas
As nuvens, rebanhos de sonhos
Devolvem a virgindade ao crepúsculo
A melancolia do tempo
A lua apresenta a noite
E o silêncio que fermenta o sangue
Com que são feitos os versos
As palavras proibidas
Esquecidas por entre as sílabas do sono
Os ecos das sombras do dia
Que a noite afoga num abraço
Pelos abismos do olvido
O mel da vida
TIAGO MOITA
segunda-feira, 16 de junho de 2008
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