Vozes sem voz navegam em silêncios
Apenas descritos pelas plantas e pelas pedras
Que afogam os seus timbres
Pelas gargantas do olvido
Cresce nas suas artérias
O sangue da terra virgem
Que dividiste durante o teu nascimento,
O salto para o mundo
O sangue que circula nas tuas veias
Transborda palavras por lavrar, a eterna poesia
A língua por beber das tuas lágrimas,
O orvalho da aurora
Nada escapou à tua marcha
Vales, montanhas, florestas, planícies
Retratos ébrios de uma natureza parda
Desenhados com a frieza dos teus dedos
Além do horizonte: o destino
O fim da viagem que traçou o teu rumo,
O encontro prometido
O abraço húmido com o espelho de sal
Que separou novos mundos do Mundo
A lágrima de Deus, baptizada com o nome “mar”,
Guardador de impérios e de segredos,
Mão que acolhe os rios para o seio da vida.
TIAGO MOITA
segunda-feira, 16 de junho de 2008
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