UM CERTO CAOS
ondeia-se um certo caos pela minha casa
- espalha uma estirpe de semente
que me (con)funde as luzes e as dos vizinhos
(terei aberto as janelas e não me lembro
ou deixado a porta encostada
; não é costume)
há três ovos na gaiola aberta,
uma pena verde na almofada onde dormi
e fósforos em todas as gavetas
este quarto-um poema sem cruzetas
e a chuva em desalinho
a caixa dos jornais perdeu o fundo com o peso
e este não me apetecer em editoriais mecânicos
textos sem clitóris
também me desorienta
incólume, jambhala observa tudo de cima do seu dragão cristão
enquanto o rato chinês me come, moculmanamente, o bronze semita
hoje um certo caos arremete-se-me às paredes,
impregna-as de Vazio
e os vizinhos não se abastecem
(apenas mudam de lâmpadas)
talvez o caos certo
: uma espécie de pergunta sobre o Agora faz falta
-se é que faz,
ausente que estou das horas
Suzana Guimaraens
ondeia-se um certo caos pela minha casa
- espalha uma estirpe de semente
que me (con)funde as luzes e as dos vizinhos
(terei aberto as janelas e não me lembro
ou deixado a porta encostada
; não é costume)
há três ovos na gaiola aberta,
uma pena verde na almofada onde dormi
e fósforos em todas as gavetas
este quarto-um poema sem cruzetas
e a chuva em desalinho
a caixa dos jornais perdeu o fundo com o peso
e este não me apetecer em editoriais mecânicos
textos sem clitóris
também me desorienta
incólume, jambhala observa tudo de cima do seu dragão cristão
enquanto o rato chinês me come, moculmanamente, o bronze semita
hoje um certo caos arremete-se-me às paredes,
impregna-as de Vazio
e os vizinhos não se abastecem
(apenas mudam de lâmpadas)
talvez o caos certo
: uma espécie de pergunta sobre o Agora faz falta
-se é que faz,
ausente que estou das horas
Suzana Guimaraens
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