"Nunca ninguém soubera onde nascera aquele cisma em Liruga. Naquela cidade, a memória das feridas e das raízes navegavam nos olhos dos seus habitantes como as estações do ano. A lembrança das horas estava à vista daqueles que sabiam gerir o sentido e a passagem dos dias melhor do que assistir ao seu incêndio. As paredes tinham mais olhos do que ouvidos e as janelas só se abriam para devolver a primavera às casas. As praças ostentavam cores e sons primários, consoante a geografia e a faixa etária dos seus habitantes se atrevia a ver o reflexo dos seus rostos nas suas águas. Apenas os gatos."
Novo livro de Tiago Moita.
2019
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terça-feira, 10 de setembro de 2019
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