DIGRESSÃO NACIONAL DO LIVRO "MANUAL DA SOLIDÃO" DE TIAGO MOITA DE MARÇO 2020 CANCELADA.
Venho por este meio informar - e com muita pena minha - que todas as sessões de apresentação do meu novo livro "Manual da Solidão" (Chiado Publishers, 2020), que ia realizar em Março deste ano (São João da Madeira, Matosinhos, Porto, Braga e Vila Nova de Gaia) foram canceladas, por motivos de segurança e precaução derivados desta ameaça global que chegou a Portugal na semana passada chamada COVID 19.
Por isso peço a todas as pessoas que convidei para assistir e participar nestas sessões as minhas mais sinceras desculpas e a vossa maior compreensão pelo momento crítico que todos nós estamos a passar por causa da ameaça do COVID 19. Nenhum de nós, muito menos eu, deve ser responsável pela transmissão do vírus a ninguém. A Saúde de todos nós está acima de qualquer coisa, mesmo o lançamento de um livro.
O audio-texto do primeiro texto do meu novo livro "Manual da Solidão" (Chiado Publishers, 2020).
PRÓLOGO
Hoje, ressuscitei na memória de um estranho. Regressei à embriaguez de existir numa esplanada a leste do rio onde fingia morrer e não era feliz.
Medi o peso das consequências antes de dar o primeiro passo, no intervalo que existe entre a eternidade e o sonho. Atirei-me de cabeça para uma realidade impossível de conceber no tempo a que pertenci.
Fui filho de uma geração que riscou a palavra Deus do dicionário. Assim como alegria, solidariedade, paz, amor e todas as palavras primitivas que esculpimos no peito e no vento, em nome de uma humanidade concebida no êxtase dos sonhos de uma adolescência esquecida.
Naquele momento de pura magia, onde tempo é uma miragem de uma memória engolida pelo sono, despimos sombras e feridas acesas entre dois dedos de conversa e um silêncio branco que posou nos nossos dedos.
Reconheci-me alfa e ómega num estranho como se estivesse a olhar para um espelho. Mergulhei no abismo de mim mesmo
"MANUAL DA SOLIDÃO" - O NOVO LIVRO DE TIAGO MOITA (2020)
Sinopse da obra:
“A solidão é a relação mais verdadeira que encontramos neste mundo.”
E se um dia o célebre semi-heterónimo de Fernando Pessoa, Bernardo Soares, ressuscitasse e resolvesse desmontar e desconstruir grande parte de tudo aquilo que pensou, sentiu, viveu e escreveu no “Livro do Desassossego”, depois de uma série de conversas imaginárias com o autor deste livro? Este é o desafio que Tiago Moita apresenta ao leitor nesta obra, com mais de cem textos em prosa poética: Demonstrar como uma personagem tão complexa e controversa como Bernardo Soares é capaz de mudar de ideias e comportamentos face à situação actual em que o mundo vive e de procurar um novo sentido para a existência humana a partir da solidão.
Vídeo oficial do Manifesto Holosista - o Manifesto do Movimento Holosista: O primeiro movimento universal de vanguarda cultural holística do século XXI
Tiago de Vasconcelos e Moita nasceu em Lisboa em Abril de 1975. Começou a dar os primeiros passos na Poesia a partir dos quinze anos em São João da Madeira – cidade onde vive actualmente desde os dez anos. Estudou Direito na Universidade Lusíada do Porto, onde publicou um dos muitos poemas e textos em prosa que escreveu nesse período, em 1998, no jornal da Associação Académica da Universidade, do qual foi principal colunista durante três anos e foi membro do E.L.S.A (European Law Students Association) entre 1998 e 2001.
Participou em workshops de declamação poética e cursos de Storytelling e Escrita Criativa, entre 2004 e 2013, bem como participou em eventos culturais em Portugal e em Espanha. Publicou alguns dos seus poemas e textos em jornais e blogs e fez parte de alguns grupos e associações culturais da sua terra entre 2006 e 2010.
A 20 de Maio de 2014, fundou, juntamente com o escritor e poeta Edmundo Silva, em São João da Madeira, as “Fugas Poéticas” e publicou alguns artigos nas revistas “Nova Águia” e “Biosofia” em 2018.
Em 2018, foi jurado de um júri concelhio do Concurso Nacional de Leitura em São João da Madeira.
O seu primeiro livro “Ecos Mudos” faz parte do acervo bibliográfico da Biblioteca Académica da Universidade de Princeton nos Estados Unidos da América desde 2019 e da Universidade Técnica de Brausweig na Alemanha desde 2022 e o seu romance de estreia “O Último Império” faz parte do acervo bibliográfico da Biblioteca Académica da Universidade de Glasgow na Escócia, Reino Unido, desde 2020 e da Universidade Técnica de Braunschweig na Alemanha desde 2022, tal como a sua primeira obra.
As suas obras têm sido comentadas e elogiadas por grandes nomes da Literatura Contemporânea Portuguesa como Mário Cláudio, Miguel Real, Nuno Júdice, Fernando Pinto do Amaral, Jorge Velhote, Alberto S. Santos, Luís Miguel Rocha, José Fanha ,Sónia Louro e Guilherme D'Oliveira Martins
É autor de três livros de Poesia “Ecos Mudos” (2006), “Post Mortem e Outros Uivos” (2012) e “Metanoia” (2017); quatro romances “O Último Império” (2012. 2.ª Edição: 2016), “O Evangelho do Alquimista” (2016. 2ª Edição: 2017), “A Fórmula do Peregrino” (2018) e "Ensaio sobre o Fim do Mundo" (2024); um livro de contos “Os Contos Impossíveis” (2019) e um livro de prosa poética “Manual da Solidão” (2020) - este último mereceu uma resenha crítica nas revistas literárias “Letras Comvida” (2020) e “As Artes Entre as Letras” (2022) por parte da investigadora do CLEPUL (Centro de Literaturas e Culturas Lusófonas e Europeias da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa), Maria Carlos Lino de Sena Aldeia, por esta obra ter sido a primeira desconstrução feita ao célebre “Livro do Desassossego” de Bernardo Soares, o famoso semi-heterónimo de Fernando Pessoa.