quarta-feira, 27 de maio de 2015

DÉCIMA "FUGA POÉTICA" NA CONFEITARIA "COLMEIA" EM SÃO JOÃO DA MADEIRA: 1º ANIVERSÁRIO DAS "FUGAS POÉTICAS" - PARTE II (02.06.2015)


AVISO À NAVEGAÇÃO!

"FUGAS POÉTICAS COMEMORAM O SEU PRIMEIRO ANIVERSÁRIO NA CONFEITARIA "COLMEIA" EM SÃO JOÃO DA MADEIRA.

Depois do grande sucesso que foi a 12ª "Fuga Poética" no Neptúlia Bar em São João da Madeira, as noites poéticas mensais nos cafés e bares da cidade e do concelho estão de volta na terça-feira da próxima semana, dia 2 de Junho às 21H30, na Confeitaria "Colmeia" em São João da Madeira.

Esta sessão é uma sessão muito especial, trata-se do PRIMEIRO ANIVERSÁRIO das "Fugas Poéticas" neste típico e icónico estabelecimento sanjoanense. Doze meses de muito sacrifício, amor, partilha, convívio e muita, muita poesia, celebrada numa noite memorável.

Ainda assim, os desafios mantêm-se:
  1. Dizer pelo menos um poema vosso e de um(a) poeta do vosso coração, de cor e salteado nessa sessão.
  2. Dizer um poema sobre PORTUGAL (Tema escolhido no mês anterior)
NOTA: Os temas mensais são FACULTATIVOS! Quem os aceitar, aceita-os de sua livre e espontânea vontade. Quem não os aceitar, pode ler um poema que bem quiser, do tema que bem entender.

Quem aceita o desafio?

Venham viver a celebração da Poesia e soltar os poemas da vossa vida do silêncio das gavetas e da poeira dos livros e das memórias.


terça-feira, 26 de maio de 2015

POEMA "OS GESTOS DAS MÃES" DE LUÍS DE AGUIAR


"OS GESTOS DAS MÃES"

Os corpos talham-se com a cinza, arborizam o sono
e o sonho, ceifam pássaros e a frescura do destino.
Eis a água anterior à sede, os gestos das mães oliveirenses,
com os ventres a esquivarem-se entre os riachos e o mar.
Abre-se, a espuma e o silêncio, odor e chuva,
horizonte trémulo, gérmen e última nudez.
Sílabas segregadas, não. Verticalmente? Não! Não!
Escreve-se nome de mulher nesta cidade, 
árvores por exemplo, a encurvar o tempo e as flores do sol.
Os pulsos negros de um cavalo,
a rasgarem as veias da terra, as mulheres a abrirem a pele
para encontrarem o poema, o caminho para o seus terraços,
o arbusto de argila, o nome na saliva de uma rapariga.
Eis a criança ruiva, a soletrar esta minha luz extinta.

LUÍS DE AGUIAR
"Luz Extinta"
Edição Jornal "Voz de Azeméis"
2004.

POEMA "NO SORRISO LOUCO DAS MÃES" DE HERBERTO HELDER


"NO SORRISO LOUCO DAS MÃES"

No sorriso louco das mães batem as leves
gotas de chuva. Nas amadas 
caras loucas batem e batem 
os dedos amarelos das candeias.
Que balouçam. Que são puras.
Gotas e candeias puras. E as mães
aproximam-se soprando os dedos frios.
Seu corpo move-se 
pelo meio dos seus ossos filiais, pelos tendões
e órgãos mergulhados,
e as calmas mães intrínsecas sentam-se 
nas cabeças filiais.
Sentam-se, e estão ali num silêncio demorado e apressado,
vendo tudo,
e queimando as imagens, alimentando as imagens,
enquanto o amor é cada vez mais forte.
E bate-lhes nas caras, o amor leve.
O amor feroz.
E as mães são cada vez mais belas.
Pensam os filhos que elas levitam.
Flores violetas batem nas suas pálpebras.
Elas respiram ao alto e em baixo. São
silenciosas.

E a sua cara está no meio das gotas particulares 
da chuva,
em voltas das candeias. No contínuo 
escorrer dos filhos.
As mães são as mais altas coisas
que os filhos criam, porque se colocam 
na combustão dos filhos, porque 
os filhos são como invasores dentes-de-leão
no terreno das mães.
E as mães são poços de petróleo nas palavras dos filhos,
e atiram-se, através deles, como jactos
para fora da terra.

E os filhos mergulham em escafandros no interior
de muitas águas,
e trazem as mães como polvos embrulhados nas mãos 
e na agudeza de toda a sua vida.

E o filho senta-se com a sua mãe à cabeceira da mesa,
e através dele a mãe mexe aqui e ali,
nas chávenas e nos garfos.

E através da mãe o filho pensa 
que nenhuma morte é possível e as águas 
estão ligadas entre si 
por meio da mão dele que toca a cara louca
da mãe que toca a mão pressentida do filho.
E por dentro do amor, até somente ser possível 
amar tudo, 
e ser possível tudo ser reencontrado por dentro do amor.

HERBERTO HELDER
(1930-2015)
"Poesia - O Amor em Visita"
1958 

segunda-feira, 25 de maio de 2015

SOBRE A 12ª "FUGA POÉTICA" NO NEPTÚLIA BAR EM SÃO JOÃO DA MADEIRA (25.05.2015)


FUGAS POÉTICAS - UM ANO AO SERVIÇO DA POESIA EM SÃO JOÃO DA MADEIRA (I)

Ninguém imaginava esta efeméride. Apesar das constantes apelos, os convites delicados e adocicados e os murmúrios deste acontecimento nas ondas hertzianas de uma rádio ou nas linhas de uma página de um qualquer jornal, poucos pareciam acreditar que uma iniciativa cultural, criada por Tiago Moita e Edmundo Silva, dois escritores sanjoanenses, imbuídos num sonho de criar noites poéticas nos cafés e bares todos os meses em São João da Madeira, pudesse durar um ano numa terra hipoteticamente mais virada para o labor, o empreendedorismo, os negócios e o desporto do que para a Cultura, quanto mais para a Poesia (Salvo a magnífica e honrada excepção da campanha cultural "Poesia à Mesa", que brinda São João da Madeira todos os anos com Poesia).

Mas duraram. Foram doze meses de sacrifícios e alegrias, ilusões e desilusões, encontros e ausências onde as artes e o convívio se cruzaram com a mais nobre arte de todas as artes, razão e motivo principal desta iniciativa cultural sanjoanense. Os rostos podiam não ser os mesmos, nem mesmo os poemas ou mesmo os poetas, lidos e apresentados, serem agora visões esfumadas de um passado ainda presente na memória de alguns. Todavia, o apelo da Poesia foi sempre mais forte que o vício do conforto dos lares e mais inebriantes que a espuma dos dias.

A homenagem à iniciativa não demoveu a celebração poética ao tema (facultativo) deste mês. Mal o coordenador Tiago Moita anunciou, efusivamente, a efeméride com a leitura do célebre poema de Mário Cesariny "You are Welcome to Elsinore", os pedidos de leitura e expressão artística não se fizeram esperar. Durante cerca de duas horas e meia assistiu-se à ressurreição (da voz) de Enrico Caruso, ao som de um violino melodioso e melancólico, ao ponto de soltar uma lágrima de uma viola e transformá-la numa canção vadia como um Poesia, capaz de salgar cada poema de Gomes Leal, João Vila, Sebastião da Gama, António F.Pina, Joel Lira, João de Deus, Herberto Hélder, Maria José Silva, Maria Amália Ortiz da Fonseca, Maria Ana Gonçalves, José Régio, Lucília Girante, Miguel Torga, Luís de Aguiar, Carlos Drummond de Andrade, António Carlos Santos, Edmundo Silva, Fernando Pessoa, Ana Albergaria, António Aleixo, Almeida Garrett ou mesmo de poetas locais ou desconhecidos, constatei que o espírito inicial das "Fugas" poderia já não ter o mesmo ânimo e expectativa que teve no início mas não perdeu, a meu ver, a vivacidade e a vontade de não deixar morrer na praia o hábito de partilhar, dizer e escutar a arte das artes que é a Poesia.

Próxima paragem: Confeitaria "Colmeia", 2 de Junho de 2015, primeira terça-feira do mês, 21H30.

Conto convosco!

Aqui ficam algumas fotos do evento. 


Tiago Moita, coordenador e um dos fundadores
das "Fugas Poéticas" em São João da Madeira, 
juntamente com Edmundo Silva, lendo o poema
"You Are Welcome To Elsinore" de Mário Cesariny.

(Foto de Rosa Familiar)


Maioria do público presente na noite do 1º Aniversário das "Fugas
Poéticas" no Neptúlia Bar em São João da Madeira.


Outra parte do público presente na noite de 1º Aniversário das 
"Fugas Poéticas" no Neptúlia Bar em São João da Madeira.


Isabel Barbosa lendo o poema "A Senhora de Barbante" de
Gomes Leal.


Carlos Pinho dizendo o poema "Alguém" de
Gonçalo Crespo.


O poeta oliveirense António F.Pina - um estreante nas "Fugas Poéticas"
em São João da Madeira - lendo um poema da sua autoria: "A Noite".


Sãozita Alves lendo o poema "Grita" de Joel Lira.


O doutor Magalhães dos Santos lendo o poema
"Aniversário" de João Vila.


Eduardo Belinha cantando à guitarra uma canção
da sua autoria: "Lágrima".


M Conceição Gomes lendo um poema da sua autoria
sobre a sua mãe.


Andreia - uma estreante nas "Fugas Poéticas" em
São João da Madeira - lendo o poema "Minha Mãe"
de Florbela Espanca.


Tiago Moita lendo o poema "No 
Sorriso Louco das Mães" de 
Herberto Hélder.

(Foto de Rosa Familiar)


Rosa Familiar (Flor Yaleo) lendo um poema de
Maria José Silva.


O doutor Ângelo Alberto Campelo Sousa lendo 
o poema "Poema Incompleto" de Maria Amália 
Ortiz da Fonseca.


António Pinheiro lendo o poema "Mãe" de Maria
Ana Gonçalves.


Tavares Ribeiro lendo um poema da sua autoria.


O doutor Magalhães dos Santos lendo o poema
"Cântico Tinto" de J.M de Matos Vila.


Luana - uma jovem violinista, estreante nas "Fugas
Poéticas" em São João da Madeira - tocando
uma célebre ária de Enrico Caruso.


Eduardo Belinha cantando uma célebre ária de
Enrico Caruso, acompanhando ao violino pela 
jovem violinista, Luana.


Lena França lendo um poema de António Carlos
Santos.


Ana Paiva dizendo o poema "Recomeça" de 
Miguel Torga.


O doutor Magalhães dos Santos cantando uma 
canção humorística da sua autoria 
(Prelim, prelim, péu, péu...).


Bruna - uma estreante nas "Fugas Poéticas" em 
São João da Madeira - lendo o poema 
"Aniversário" de Miguel Torga.


Isabel Barbosa lendo o poema "Os Degraus" de António F.Pina, 
acompanhada à viola pelo guitarrista Mário Rui.


Mário Rui - um estreante nas "Fugas Poéticas"
em São João da Madeira - acompanhando a
leitura do poema "Os Degraus" de António F. Pina
por Isabel Barbosa à viola.


Mário Rui declamando uma quadra da sua autoria.


Mário Rui cantando uma canção da sua autoria.


Mário Rui cantando o poema "A Nau Catrineta" de Almeida Garrett 





quarta-feira, 13 de maio de 2015

POEMA "AS MÃES?" DE JOSÉ AGOSTINHO BAPTISTA


"AS MÃES?"

Fossem estes dias que 
brotasse.
Manchas de azul, um rasto de neve em pleno céu, 
colmeias,
mel, uma exaltação de asas.

Mas é assim:
metais que revestem a pele e as armaduras,
bronze, ferro, formas que perduram, malhas, ameaçados
tecidos que nos moldam - 
quem borda ainda,
quem se atreve à minúcia das rendas?

As mães?
Elas vinham cedo, eram como um rumor de levadas,
atravessando as terras.
Eram as mesmas mãos trabalhando sedas, afagos e
uma conspiração de cores e agulhas frias,
mães de silêncio bordando a treva e o sono, a longa
noite dos filhos.

Herdei uma beleza amarga,
o temor das sombras, de relâmpagos que embatiam
na infância,
no dorso das colinas,
no coração mais triste.

Um estrondo de muralhas, diques, batalhas que 
deflagram
uma ciência aterradora:
não quero outra véspera de espadas, a coroação do
sangue,
patíbulos onde a cabeça se expande, 
rolando como a poeira e os astros,
repercutindo como um sino no choro das mães.

Não quero um bordado de horas antigas
uma prece no tear das suas mãos -
eu sei como se fundem as teias,
as lágrimas de quando se morre -

eu sei que chove.

JOSÉ AGOSTINHO BAPTISTA
"Antologia Poética"

POEMA "LOUVO A VOLÚVEL PUJANÇA" DE ANTÓNIO RAMOS ROSA


"LOUVO A VOLÚVEL PUJANÇA"

Louvo a volúvel pujança
do teu corpo solar
a madrugada inteira
da nua felicidade
concentrada e aberta
na sua tensão de arco.

És um jorro de alegria
na tua alta indolência
viva balança que pulsa
entre as raízes e os astros
és o canto da nudez
e o nascente do meu dia.

És uma torre e uma estrela
uma luminosa amêndoa
um barco para o desejo
sobre as violetas ondas 
és a flecha inicial
e a alta montanha clara.

Quando te despes tão branca
em férteis formas redondas 
és vertical horizonte
e uma espiral perfumada.

Sob o teu lento pudor
a tua volúpia sólida
estala arde e explode
com uma fúria de estrela.

Ó fêmea da primavera
ó princesa fluvial
mágica estrela felina
em tuas colmeias de fogo
de musgo e sal vermelho
em teus diademas sedosos
em tuas gretas vegetais
em tua língua de lâmpada
em tuas ancas de pantera
eu flutuo eu me afundo 
minha pátria verdadeira.

ANTÓNIO RAMOS ROSA
(1924-2013)
"Os Volúveis Diademas"
Assírio & Alvim
2002

segunda-feira, 11 de maio de 2015

DÉCIMA SEGUNDA "FUGA POÉTICA" NO NEPTÚLIA BAR - 1º ANIVERSÁRIO: 2014/2015 (19.05.2015)


AVISO À NAVEGAÇÃO.

Depois do grande sucesso que foi a 9ª "Fuga Poética" na Confeitaria "Colmeia" na primeira terça-feira do mês, as noites poéticas mensais em São João da Madeira regressam em força na terça-feira da próxima semana, dia 19 DE MAIO, terceira terça-feira do mês, para a 12ª "FUGA POÉTICA" a partir das 21H30 no NEPTÚLIA BAR em SÃO JOÃO DA MADEIRA!

Essa sessão vai homenagear uma efeméride muito especial muito especial, AS "FUGAS POÉTICAS" COMEMORAM O SEU PRIMEIRO ANIVERSÁRIO (no Neptúlia Bar). Espera-se uma enorme festa e celebração por 12 meses de sacrifício e partilha ao serviço da Cultura, da cidadania em São João da Madeira e, acima de tudo, pela Poesia.

Nesta sessão, tal como aconteceu na outra, os desafios mantêm-se:
  1. Dizer pelo menos um poema, da vossa autoria ou de um(a) poeta do vosso coração, de cor e salteado nesta sessão.
  2. Dizer um poema sobre a MÃE (Tema escolhido na sessão poética anterior).
NOTA: Estes desafios são FACULTATIVOS! Aqueles que os aceitarem, aceitam de sua livre e espontânea vontade! Quem aceitar o segundo, terá o primeiro quarto de hora desta sessão para dizer o poema do tema escolhido.

Quem quer participar no desafio?

Venham celebrar a festa da Poesia e soltar os poemas que habitam dentro de vós e no silêncio da gaveta e dos livros!

domingo, 10 de maio de 2015

SOBRE A NONA "FUGA POÉTICA" NA CONFEITARIA "COLMEIA" EM SÃO JOÃO DA MADEIRA (05.05.2015)

ALMA MATER

A mãe foi sempre um dos temas mais populares da Poesia. Símbolo matricial da família, fonte de amor puro e incondicional, ponto ómega de um caminho trilhado pelas teias do destino, panaceia universal de memórias, afectos, virtudes e sacrifícios, a mãe tornou-se uma presença constante, não só na Poesia, mas em noites tão especiais como aquela noite de terça-feira, dia 5 de Maio, pelas 21H30 na Confeitaria "Colmeia" em São João da Madeira.

O tempo parecia ter feito uma pequena trégua naquela noite. Tanto as presenças habituais nas "Fugas" como os seus convidados e alguns curiosos que por ali passaram, disfarçavam a expectativa e engoliam a ansiedade com algumas bebidas e trocas singelas de risos, olhares, livros e dois dedos de conversa, enquanto não chegava a hora de mais uma tertúlia naquela primeira terça-feira de Maio. Duas presenças estreantes se destacaram com a minha chegada. A sessão estava prestes a começar.

Terminadas as apresentações, cumprimentos e recados, Tiago Moita abriu a tertúlia com as tradicionais boas-vindas a todos os presentes, uma saudação muito especial aos convidados e uma leitura muito expressiva do poema "Mãe" de José Agostinho Baptista, como forma a dar início a mais uma noite de homenagem à Poesia - especialmente à Mãe.

Lançada a deixa, as intervenções não se fizeram esperar. Durante duas horas e meia ouviram-se confidências de eventos e intervenções de tempos remotos, gargalhadas estridentes de artigos irónicos sobre proibições de sociedades secretas e confissões de pais para filhos, assim como poemas de Maria Almeida Medina, António Gedeão, Florbela Espanca, Sílvia Araújo Mota, António Ramos Rosa, Carlos Drummond de Andrade, Alice Queiroz, Miguel Torga, Eduardo Leal, Casimiro de Abreu, Ana Albergaria, António Salvado, David Mourão-Ferreira, Emanuel Félix, Conchat Osório, Fernando Vieira, Herberto Hélder, Fernando Pessoa, Mário Henrique Leiria, António Botto, Maria Teresa Horta, Fernando Campos Castro, Álvaro de Campos, José Carlos Moutinho, Ana Paula Labão e Joaquim Pessoa. Tudo numa noite em que a Poesia foi rainha e a mãe, uma ode lírica de um amor que não se esquece e que da lei da morte sempre se liberta.

PRÓXIMA PARAGEM: Neptúlia Bar, 19 de Maio, 21H30 (1º Aniversário)

Aqui ficam as fotos do evento.  


Parte do público presente na sessão.



Tiago Moita, coordenador e um dos fundadores 
das "Fugas Poéticas" nos cafés e bares de
São João da Madeira, a par de Edmundo Silva, 
lendo o poema "Mãe" de José Agostinho Baptista.


O doutor Rui Vaz Pinto, presidente da UNICEPE, 
um dos estreantes na "Fugas Poéticas" nos cafés
e bares de São João da Madeira, dizendo o poema
"Mãezinha" de António Gedeão.


Vieirinha Vieira, uma estreante nas "Fugas Poéticas"
nos cafés e bares de São João da Madeira, lendo o 
poema "Mãezinha" de Florbela Espanca.


O doutor Magalhães dos Santos lendo um dos seus
versos sobre o tema "mãe".


Outra parte do público presente na sessão.


Rosa Familiar (Flor Yaleo) lendo o poema
"Amor de Mãe" de Sílvia Araújo Mota.


Edmundo Silva, um dos fundadores das "Fugas
Poéticas" nos cafés e bares em São João da Madeira,
a par de Tiago Moita, lendo o poema " Louvo a Volúpia
pujança" de António Ramos Rosa.


Amílcar Bastos falando do célebre artigo que o 
poeta e escritor Fernando Pessoa escreveu no 
"Diário de Notícias" a ironizar uma lei contra a
existência de sociedades secretas em Portugal, 
promulgada pelo Presidente do Conselho de
Ministros do Estado Novo, o Dr. António de 
Oliveira Salazar.


Amílcar Bastos dizendo o poema "Minha mãe, 
minha mãe" de Guerra Junqueiro.


Raquel Gomes de Pinho lendo um poema sobre a 
mãe de Carlos Drummond de Andrade.


O senhor Serafim lendo o poema "Oferenda" de
Miguel Torga.


O doutor Campelo lendo o poema "Minha Mãe"
de Casimiro de Abreu.


Maria de Fátima Passos lendo o poema "Mãe"
de Ana Albergaria.


A professora Maria Teresa Stanislau lendo o poema
"Certidão de Nascimento" de David Mourão-Ferreira.


O senhor António Pinheiro lendo um poema seu 
dedicado ao tema "Mãe".


Tavares Ribeiro lendo um poema da sua autoria.


Victor José lendo o poema "Sigo Contigo" de 
Rosa Familiar (Flor Yaleo).


Virgílio Gonçalves lendo o poema "Calçada de
Carriche" de António Gedeão.


Sãozita Alves lendo o poema "As minhas Asas de 
Ilusão" de Alice Queiroz.


Edmundo Silva lendo o poema "São claras as
crianças" de Herberto Hélder.